História de Pai Alexandre de Oya
A religião africana está fundamentada na ancestralidade, no respeito a tradição e aos fundamentos religiosos que são aprendidos pelas gerações anteriores. As religiões de matriz africana são religiões chamadas de iniciáticas, pois para sermos de tradição africana obrigatoriamente passamos por processos de iniciação.
Ninguém é de religião africana sem sofrer um processo iniciático.
Para Tacques (2008 p. 84) “um dos pontos iniciais do Oyó, que começa a formar a nossa Bacia, a Sra Emília Fontes de Araújo, conhecida como Mãe Emília de Oyá Laja (grifo nosso), que era uma Princesa do Povo Yorubá, na Nigéria …”.
Tacques (2008 p. 80) destaca que “Mãe Emília, falecida em 1930, deixou como herdeiro: … Pai Acimar de Xangô Tayó …”.
“Pai Acimar de Xangô Tayó, Sr Acimar Cezarino Ribeiro dos Santos, que iniciou oficialmente a nossa Bacia no
Rio Grande do Sul com Oyó e Jeje. Pai Acimar também faz parte da Bacia do Pai Antoninho de Oxum. Pertenceu a gamela de Mãe Nicola de Xangô Bamboxê e passou para Mãe Miguelina conhecida como Mãe Miguela de Xangô Tayó.” (Tacques, 2008 85-86 p.)
Segundo Tacques (2008, 86 p.) “Mãe Eulinda de Iansã, Sra. Eulinda de Araújo Santos, filha-de-santo de Pai Acimar de Xangô Tayó, era afilhada de santo do Pai Joãozinho do Bará Exúby”.
“Pai Chiquinho de Oxalá, Oscar Francisco Queiroz Santos, filho carnal de Mãe Jane de Oxum, filho de Santo de Mãe Eulinda de Iansã” (Tacques, 2008 87 p.)
Pai Sérgio de Xangô, Sr Sérgio Machado Trindade, recebeu seus aprontes de Pai Chiquinho de Oxalá.
Pai Alexandre de Oya Tofã, foi aprontado por Pai Sérgio de Xangô e apadrinhado por Pai Chiquinho de Oxalá, no dia 09 de setembro de 2007, onde recebeu axés de Obé e Ifá (Jornal Bom Axé, nove
mbro de 2007). O Toque em que Pai Alexandre foi aprontado foi realizado no dia 10 de setembro, com terminação dia 15, dirigido pelo Alabê Jaime de Xapanã, filho de Pai Chiquinho de Oxalá.
Em 2011, Pai Alexandre sai da casa de Pai Sérgio.
Em 2012, Pai Alexandre de Oya, confirma sua obrigação com Mãe Jaqueline de Oxum Miuá e completa o seu orumalé. No mesmo ano, Pai Alexandre após consulta a ifá recebe orientação de seguir sua caminhada sozinho.
Pai Alexandre, no Ilê Orixá Ogum Adioko e Oya Tofã, segue hoje suas origens religiosas, cultuando os preceitos da nação Oyo e Jeje.
REFERÊNCIAS
BOM Axé. Encarte Especial. Edição 29 Novembro de 2007.
TACQUES, Ivone Aguiar. Ilê-Ifé: de onde viemos. Porto Alegre: Artha, 2008.