Momentos de descontração antes do início
Não que uma obrigação religiosa seja de stress ou cansativa, mas sempre antes de iniciar uma obrigação paramos um pouco para relaxar, descontrair e discutir alguma pendência que ainda tiver, para que ocorra tudo conforme o planejado, é o momento de cada um, de ver tudo que foi feito e perceber que tudo valeu a pena, pois tudo que se faz é para o orixá, pois se assim não fosse não teria sentido nenhum.
Na obrigação do dia 12 de dezembro, embora tenha sido uma festa fechada, onde não foram realizados convites, mesmo desta forma o carinho dedicado a obrigação é o mesmo, pois não basta dizer que se ama um orixá se na hora de fazer alguma coisa para o orixá não fazemos. Quem faz para o orixá não faz somente quando existe platéia, faz sempre, pois em uma casa de força o axé é construído em pequenas atitudes cotidianas, com a força e o axé de todos, através de corações puros, sustentados pela verdade, pela fé e pela união.
Se hoje o Ilê Orixá é uma fortaleza de fé é porque muitos acreditam nesta fortaleza, muitos vivem nela, pois não existe fortaleza sem pessoas para proteger e acreditar, e dentro de um terreiro o mais importante são as pessoas, a fé de cada um e a valorização de todos. Juntos somos fortes.
Todos somos importantes dentro do culto, todos somos igualmente perante Olodumare, todos os orixás são iguais, e o que nos diferencia dentro da religião de matriz africana são nossas atitudes, nossa fé, nossa história, nosso amor perante o orixá.
Ser de um axé é acima de tudo entender que como religiosos devemos respeitar a todos, respeitar nosso Ilê, nossa família religiosa e nossa história.