1 de Fevereiro, 2016

Momentos de descontração antes do início

Por Pai Ronie de Ogum Adioko

Não que uma obrigação religiosa seja de stress ou cansativa, mas sempre antes de iniciar uma obrigação paramos um pouco para relaxar, descontrair e discutir alguma pendência que ainda tiver, para que ocorra tudo conforme o planejado, é o momento de cada um, de ver tudo que foi feito e perceber que tudo valeu a pena, pois tudo que se faz é para o orixá, pois se assim não fosse não teria sentido nenhum.

Na obrigação do dia 12 de dezembro, embora tenha sido uma festa fechada, onde não foram realizados convites, mesmo desta forma o carinho dedicado a obrigação é o mesmo, pois não basta dizer que se ama um orixá se na hora de fazer alguma coisa para o orixá não fazemos. Quem faz para o orixá não faz somente quando existe platéia, faz sempre, pois em uma casa de força o axé é construído em pequenas atitudes cotidianas, com a força e o axé de todos, através de corações puros, sustentados pela verdade, pela fé e pela união.

Se hoje o Ilê Orixá é uma fortaleza de fé é porque muitos acreditam nesta fortaleza, muitos vivem nela, pois não existe fortaleza sem pessoas para proteger e acreditar, e dentro de um terreiro o mais importante são as pessoas, a fé de cada um e a valorização de todos. Juntos somos fortes.

Todos somos importantes dentro do culto, todos somos igualmente perante Olodumare, todos os orixás são iguais, e o que nos diferencia dentro da religião de matriz africana são nossas atitudes, nossa fé, nossa história, nosso amor perante o orixá.

Ser de um axé é acima de tudo entender que como religiosos devemos respeitar a todos, respeitar nosso Ilê, nossa família religiosa e nossa história.