29 de Setembro, 2015

Agradecimento ao Orixá Bará

Por Pai Ronie de Ogum Adioko
“Exu faz o erro virar acerto e o acerto virar erro
É numa peneira que ele transporta o azeite que compra no mercado; e o azeite não escorre dessa estranha vasilha
Ele matou um pássaro ontem, com uma pedra que somente hoje atirou. Se ele se zanga, pisa nessa pedra e ela põe-se a sangrar
Aborrecido, ele senta-se na pele de uma formiga
Sentado, sua cabeça bate no teto; de pé, não atinge nem mesmo a altura do fogareiro” (VERGER, p. 37)

 

Antes do início da comemoração dos 4 anos de fundação do Ilê Orixá, foi realizado a abertura com uma bacia de pipoca na rua em frente ao Ilê, como forma principalmente de agradecer ao maravilhoso ano religioso para todos do axé.

Que toda a pipoca que foi jogada no cruzeiro seja para movimentar e multiplicar nas casas de todos os filhos, amigos e clientes da casa, com saúde, fartura, prosperidade e união, e que o Orixá Bará não permita que exista nenhum caminho fechado na frente dos que precisam, levando sempre o caminho de paz e harmonia.

Bará é o início de tudo, não se faz nenhuma obrigação religiosa sem Bará, não tem dinheiro sem ele, e também não existe vida sem Bará. É o Orixá mais próximo do homem, e com isso também apresenta comportamentos muito próximos, não é mau e também não é bom, pois Bará representa a totalidade, é ao mesmo tempo tudo e nada, o minimo e o máximo, e ele é quem determina isso, quanto, como e de que forma será feito, nada existe sem Bará, nada pode ser feito sem que ele queira fazer, tudo o que existe ou ainda vai existir depende do que ele quiser, por isso tudo a importância de se saudar, de reverenciar em primeiro momento sempre este Orixá, que na comunidade afro-brasileira está ligado ao movimento.

REFERÊNCIA

VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás. s/d