Fé e devoção e respeito na chamada aos Orixás
Pai Ronie de Ogum Onire Adioko e Pai Alexandre de Oya Niqué Tofã, sem dúvida são exemplos de fé no culto africanista, pois com todas as adversidades ocorridas antes da abertura do Ilê Orixá nunca tiverem sua fé abalada nos orixás e principalmente no orixá que os iniciou, Xangô Godô Aloxe, isso se chama respeito.
Respeitar uma bandeira é mais do que simplesmente dizer que se ama um orixá, é ter atitudes que mostrem isso, pois não são as palavas que demostram o que a boca fala, mas o que se faz, como se trata um orixá, isso se chama atitude e humildade.
E a fé é acreditar sem provas, sem dúvidas, é seguir em frente. Ter fé em um orixá é acreditar nele, é seguir mesmo sem entender alguma coisa, pois ao confiar no orixá sabemos que ninguém conhece o que é melhor para nós que nosso próprio orixá, e também é compreender que todos os orixás são iguais, nem um é melhor que outro.
Ao chamar nossos orixás para dar início a uma atividade religiosa é fácil se emocionar frente ao que ocorreu no passado, ao que se vive no presente e ao que se espera para o futuro, mas o mais importante é sempre lembrar nosso início religioso, nossa trajetória, todos os passos que foram dados até chegar onde estamos, pois na religião africana se colhe o que se planta.
Quando se ajoelha no quarto de santo estamos tendo contato direto com o solo que é sagrado na nossa religião, bater cabeça e chamar nossos orixás antes de uma obrigação é pedir ao sagrado para nos ajudar, para nos ouvir.
Que todos os orixás permaneçam sempre prontos para ajudar aos que precisam, aos que pedem e necessitam de sua ajuda e que Ogum e Oya estejam sempre a frente protegendo e guiando cada novo passo.