19 de Julho, 2020

Pai Ronie de Ogum realiza seu bori

Por Pai Ronie de Ogum Adioko

orí recebe todas as honrarias que recebe um Òrìṣà, embora claro, sejam honrarias de feição individual e, desse modo, sem o impacto coletivo dos deuses populares. Ademais, o orí é considerado ainda intermediário entre o sujeito e os Òrìṣàs, o veículo pelo qual as divindades interagem com os humanos. (DIAS, 2013)

Fotos: Érica de Oya

Foi realizado por Pai Ronie de Ogum Adioko o seu bori de 4 pé no último dia 16 de julho, com a presença de alguns filhos do axé e Pai Alexandre de Oya Tofã, na mesma ocasião foi lavada a cabeça de Gabriel de Ogum, que entrou para o axé, tendo realizado a levantação neste domingo, dia 19 de julho.

Pai Ronie de Ogum corta para seu ori desde o ano de 2011, data que a Fortaleza Ilê Orixá foi fundada, e hoje continua a seguir o que aprendeu desde sua primeira obrigação, mas agora com uma grande família religiosa, formada por seus filhos, filhos de Pai Alexandre e muitos netos seus e de Pai Alexandre.

O bori marca o início da obrigação de Ogum Adioko, e é a obrigação que alimenta o ori de Pai Ronie, que alimenta seu ori todos os anos no mês de julho, para no mês de outubro realizar a obrigação de seus orixás e obrigação de seus filhos.

Ao fazer obrigação para ori fortalecemos nosso compromisso com a religiosidade africana, com nossos ancestrais, com nosso ori interior. O orixá ori é o mais importante, pois enquanto os demais orixás representam a coletividade ori é nosso orixá pessoal, nossa individualidade.

Que o axé da obrigação seja de saúde para todos os filhos, os netos e amigos do axé, levando a cada dia mais crescimento e prosperidade para todos que fazem parte da Fortaleza Ilê Orixá.

Fonte: DIAS, João Ferreira. Belo Horizonte, v. 11, n. 29, p. 70-87, jan./mar. 2013 – ISSN 2175-5841