Palavras iniciais antes do batuque no mato
Fotos: Tiago / Ijexá Produtora Afro
Foi uma parte de muita emoção e também de recordar memórias, uma tarde de reflexão e também de muito aprendizado, foi uma tarde de viver o recomeço, estes foram os sentimentos vividos por Pai Ronie de Ogum e por Pai Alexandre de Oya durante o batuque em homenagem aos orixás Oya e Ogum no meio da mata, no Sítio Ilê Ifé, no distrito de Morungava em Gravataí.
Logo antes do início Pai Alexandre destacou todas as suas lembranças o começo do axé, as muitas dificuldades vividas e o recomeçar sempre, pois não tinha porque estar ali, já que existe um pronto e com estrutura disponível na sede da Fortaleza Ilê Orixá, foi um momento de reviver o tempo que já se viveu.
Pai Ronie destacou também as memórias que o lugar trás, as obrigações que no passado somente ele e Pai Alexandre vivenciaram ali, destacou que ali é o início do axé, já que os axés que foram realziados ali foram os necessários para desenrolar a aquisição de onde hoje está fundado o Ilê Orixá.
Pai Ronie destacou ainda que ali era o lugar onde escolheu juntamente com Pai Alexandre para ser o Ilê, já tinha o local escolhido para o salão e tudo mais, mas Ogum e os demais orixás não queriam ali, apenas ele e Pai Alexandre, com o tempo o espaço atual foi adquirido e sítio ficou para entrega de tabuleiros e também axés de finalização do ano.
Foi também destacado que este foi primeiro batuque realizado no espaço, o primeiro toque de tambor, em um espaço de mata virgem, em um espaço onde os orixás circuluam livremente, vivem todos os dias, sendo apenas sentidos, pelo vento que bate, pelas folhas que brotam, pela água que corre e pela fertilizada que tudo ali produz. ]
Pai Alexandre e Pai Ronie agradeceram todos os presentes e desejaram muitas alegrias na vida, muita saúde, conquistas e muitas novas realizações para que o axé dos orixás seja sempre vivo no coração e na vida de cada um, em especial todos os que por alli passaram.