O Orixá Bará, ou simplesmente Esu, é o intermediário entre os homens e os demais Orixás é ele quem conduz nossos pedidos e também é ele quem nos traz a resposta dos Orixás para nós.

Se este Orixá não for servido em primeiro lugar com certeza nossos pedidos, nossos agradecimentos e as respostas dos Orixás para nós não chegariam, é preciso que Bará, o intermediário entre Orum e Aye faça isso, ele é o condutor do axé. Somente Bará tem condições de levar nossos pedidos aos demais Orixás. Quando fazemos um axé para um Orixá, estamos também servindo Bará Esu.

Na noite do dia 15 de dezembro, filhos do axé, acompanhados de Pai Alexandre de Oya e Pai Ronie de Ogum deram início a cerimônia de Homenagem aos Orixás Oya e Xangô, cumprimentando inicialmente ao Orixá Bará na rua.

A saudação ao Orixá ocorreu na presença de dezenas de pessoas da comunidade local, que acompanharam a abertura ao Bará e prestigiaram a Homenagem aos Orixás Oya e Xangô. A grande quantidade de pessoas que se fizeram presentes mostra a aceitação e integração do Ilê com a comunidade, que sempre está presente nas atividades do terreiro.

Saudar ao Orixá Bará é reconhecer seu direito de ser reverenciado em primeiro lugar, direito este conquistado por ele de Olodumare que o colocou como mensagueiro dos homens aos Orixás.

Quando servimos um axé é o Bará o elo de ligação que permite fazer com que os demais Orixás recebam o axé. Bará é quem fortifica um axé e o desenvolve. Respeitar Bará é respeitar a vontade de Olorum.