Antes de se iniciar um Xirê é necessário se saudar primeiramente o Orixá Bará, que é o mensageiro e o intermediador entre os homens e os Orixás. Nada é possível ser realizado se antes do Orixá Bará não for servido.
Por muitas características que este Orixá possui é considerado o mais próximo dos homens e o mais parecido. Bará não é o mal, e também não é oposição a Deus. E também não é manifestação do diabo cristão. Bará é a energia em movimento, é o início de tudo.
É uma divindade africana que carrega consigo o segredo para abrir todas as portas que estiverem fechadas, e também de fechar as portas para aqueles que não apresentam merecimento.
Para saudar o Orixá Bará foram utilizadas duas bacias de pipoca que serviram para abrir o ritual no cruzeiro e realizar um chuveiro de pipoca em todos que estavam presentes no local.
A pipoca representa abertura, representa luz, a luz que se abre na imensidão da escuridão. Quando se saúda o Bará se percebe que o local se ilumina, como muita energia no local.
Na abertura do Batuque em Homenagem ao Orixá Ogum, Bará foi saudado no cruzeiro próximo ao Ilê, por Pai Ronie de Ogum e Pai Alexandre de Oya, que acompanhados de amigos, convidados e filhos do axé, saudaram o Orixá Bará, antes do início da obrigação, para apenas agradecer pelo aniversário da casa, pela obrigação de alguns filhos, por tudo que foi realizado durante o ano, por todas as conquitas e realzações.
Bará é o início de tudo, e recebeu de Olodumare o direito de ser saudado em primeiro lugar.
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Licenciado em Matemática (Uniasselvi), Licenciado em Química (UNIP), especialista em Mídias para educação (UFRGS), especialista em história e Cultura Afro (Uniasselvi). É babalorixá no Ilê Orixá, escritor, professor e estudioso da religião de matriz africana.