18 de Março, 2016

Sexta-feira dia 18 de março foi dia de receber axé

Por Pai Ronie de Ogum Adioko

Ocorreu no dia 18 de março de 2016,  o Xirê de sexta, como é conhecido pelos frequentadores do Ilê, com a presença de filhos do axé e alguns amigos que frequentam a casa. É o momento onde os orixás novos podem aprender com os mais antigos e onde a população que frequenta a casa tem condições de receber o axé dos orixás. A grande maioria das casas de axé não fazem xirês fora do período dedicado a festa do orixá guardião da casa, e isso é amplamente compreensível pois desgasta e cansa aos que fazem.

Não existe em nossa religião livros sagrados que determinam um manual a ser seguido, o que faz com que alguns iniciados sempre tentem mostrar que são os donos da verdade, religião é respeitar as diferenças, é saber que todos somos importantes e também que quando nosso irmão está bem também estamos. Todos precisamos compreender que ser do axé significa além de vestir um axó, usar a religião para ajudar as pessoas a se tornarem cidadãos melhores, e fazer o bem. Todos carregamos um orixá, e cada ser humano é sua morada do aye, agradar um orixá é acima de tudo fazer o bem a seu filho, pois se é seu filho foi escolhido por ele.

Cada casa de axé possui normas diferentes e estrutura diferenciada, mas isso não faz com que uma seja melhor do que a outra. Somos melhores quando aprendemos que todos somos mais importantes que um. O xirê de sexta do Ilê Orixá nunca foi planejado, foi construído em conjunto no decorrer de sua história, iniciada em 2011. Por ocasião deste xirê foi servido amalá para Xangô a todos os que estavam presentes.

Pai Ronie de Ogum Adioko e Pai Alexandre de Oya Tofã, desejam que os amigos e filhos do axé recebam tudo o que precisam para serem felizes, e entendam que a religião africana é sustentada pela ideia de família, onde todos possuímos qualidades e defeitos, ser do axé é saber conviver com todos, respeitar para ser respeitado.