Esú Oni bodè Orun
Exu guardião do Orun

Antes de iniciar a obrigação foi realizada a abertura ao orixá Bará, como forma de agradecer por tudo, pedir traballho a quem precisa, de pedir saúde, de pedir paz a todos que necessitam, de agradecer a todas as graças, recebidas e que ainda estão por serem. Bará é condutor da vida, nada se faz sem ele, nada se constrói sem que Bará queira. Bará Exú é o início e o fim de tudo.
Antes de qualquer coisa é necessário que que Exu Bará esteja de acordo, que seja consultado em primeiro plano, nós do Ilê Orixá o servimos todas as semanas, e sempre antes de iniciar um xirê são realizadas honrarias para ele diretamente na rua, em um momento de intensa religiosidade, fé, respeito e amor.
Bará é o orixá que nos dá condições de seguir em frente, é o movimento que nos move, é o instinto sexual, é a força que guia em cada novo passo, é a força que nos impulsiona para acordar, para dormir, para conquistar, é por isso tudo é considerado o mais humano dos orixás, pois é quem está mais próximo do homem.
No batuque do Rio Grande do Sul, cultua-se várias qualidades de Exu Bará, das quais as principais são: Lodê, Lanã, Adague e Agelú, sendo a primeira qualidade atribuída ao Bará que cuida do terreiro, por isso fica ao lado de fora do salão, em espaço separado, dividindo espaço com Ogum Avagã.
Esta abertura de bará no cruzeiro, foi especial, pois foi a obrigação em xirê, com o Lodê Fumilayo e Avagã Jaré de Pai Alexandre assentados, fortalecendo desta forma ainda mais o axé do terreiro qiue possui desta maneira mais orixás para cuidar da casa.
Que Bará esteja sempre a frente de cada um abrindo todas as portas necessárias, protegendo contra todo o mal que for desejado, e levando axé de força, prosperidade, conquistas, amizades, união e fartura na casa de cada um, fazendo com que a religião seja sempre entendida como forma de fazer o bem, de ajudar com o axé de todos os orixás.