Pai Beto de Bará Agelú entregou axé para cortar aos ancestrais (egun) para Pai Ronie de Ogum no último dia, 12/06. Com este axé o Ilê Orixá recebe mais um axé que se soma. Um axé, que será utilizado somente para cultuar o ancestral de forma séria, para levar saúde para quem precisa e ainda para cultos específicos aos ancestrais.

O corte aos ancestrais pode ser realizado em talha, no fundo do terreiro, em um buraco, no mato ou ainda no bale, em todos estes casos existem ritos específicos para serem realizados, onde somente participam pessoas iniciadas com bori de 4 pé. Única ocasião em que se consome arroz com galinha, já que esta é uma comida ritual servida aos antepassados.

O ancestral é o regulador do axé, da conduta do terreiro, por isso deve-se ter o maior respeito com o ancestral. Axé para cortar para egun não é axé para a realização de feitiços, não é axé para derrubar ninguém, é um axé de força para levantar, para dar saúde e sustentabilidade ao axé. A religião africana é baseada na ancestralidade, desta maneira com este axé é uma etapa que se conclui, e uma nova que se inicia, mais um elo que se fortalece. Poder cortar ao ancestral é poder se comunicar com a ancestralidade, é poder ter contato com nossa origem religiosa.

A obrigação aos ancestrais, ocorreu no Ilê Orixá no dia 21/6, data em que Pai Ronie realizou a obrigação aos ancestrais da origem religiosa do Ilê Orixá, com a presença de alguns filhos do axé e de Pai Alexandre de Oya, com isso sendo iniciada a obrigação deste ano.

Pai Ronie de Ogum e Pai Alexandre de Oya agradecem ao Pai Beto de Bará Agelú, desejando que toda a confiança depositada na entrega deste axé, seja transmitido ao seu Ilê com axé de força, de prosperidade de fartura e de união.