Chegada do Papai Noel encanta o natal do Ilê Orixá
Natal sem Papai Noel, não é natal. Faz parte do encanto e da magia de cada criança estar com o Papai Noel, viver um momento de fantasia ao lado do bom velhinho. Para alguma crianças é quem irá trazer um presente, mas para tantas outras é aquele que também irá trazer esperança.
O natal é uma data comemorada por grande parte da população mundial, e neste sentido é importante que as casas de axé também compartilhem deste momento, pois favorece a integração com a sociedade e minimizam distâncias entre o axé e a população.
Muitas casas de axé são criticadas por grande parte da população e nós mesmos somos os culpados disso, pois a população muitas vezes não conhece o que ocorre dentro de uma comunidade de terreiro. Todos os dias em dezenas de axés pessoas mais variadas são atendidas nos mais variados problemas. É importante fazer trabalho social, mas também é importante mostrar o que se faz para desta maneira mudar a forma com que as pessoas visualizam a religião africana.
Essencialmente o natal, embora não seja uma data comemorativa na maioria dos terreiros, com exceção aos que cultuam o sincretismo religioso, é um ótimo momento para que cada um de nós pense no que pode fazer para ajudar o próximo.
No terceiro Natal Social do Ilê Orixá, cada criança entrava e escolhia um brinquedo que quisesse, quando a criança não sabia o que escolher era Papai Noel ou Mamãe Noel que escolhia o seu presente. Nenhuma criança saiu sem receber um presente, embora o mais importante não tenha sido o presente recebido, e sim o carinho recebido por cada uma.
A atitude de uma criança, foi marcante nesta chegada do Papai Noel, um menino ao escolher um brinquedo, disse que não queria, que iria escolher para sua irmã pequena que havia ficado em casa, Papai Noel então, disse que pegasse para sua irmã e um para ele então, então o menino em um gesto de surpresa disse que preferia escolher para sua prima. Levou então sua irmã, para sua prima e para ele. Isso é pensar nos outros acima de si próprio. Estava mais preocupado com sua família do que com ele.
Pai Ronie de Ogum e Pai Alexandre de Oya aproveitam a oportunidade para agradecer a presença de Pai Dida de Xapanã e sua esposa Carla de Iansã, que prestigiaram a atividade, e lembram que um terreiro é de todos, e que as portas do axé estão sempre abertas.