12 de Março, 2019

Ilê Orixá realiza obrigação aos seus ancestrais

Por Pai Ronie de Ogum Adioko

Foi realizado no último sábado, dia 9 de março, obrigação aos ancestrais do Ilê Orixá. A obrigação foi conduzida por Pai Ronie de Ogum Adioko, acompanhado de Pai Alexandre de Oya Tofã, filhos do axé, e a madrinha de ori de Pai Alexandre, Mãe Fernanda de Xangô Fumilayo, dentre os filhos do axé Mãe Júlia de Oya Diolá, Mãe Alessandra de Iemanjá Oloci, Mãe Adriana de Iansã Lomi, Mãe Mariza de Oxum Olobomi e Pai Antonio de Oya Cará.

Assim como as demais obrigações, esta também é um rito fechado, somente podendo participar os filhos do axé, devidamente aptos a estarem presentes, já que no Ilê Orixá somente podem participar os iniciados que possuem no mínimo bori de 4 pé.

O rito aos ancestrais é uma obrigação que cultua nossa raiz religiosa, nossa história, é um culto de celebração dos que vieram antes de nós, um culto de agradecimento, serve para trazer força e saúde principalmente. Ao reverenciar nossas raízes nos colocamos também ao julgamento de nossos ancestrais, já que eles são os reguladores de um axé.

De forma nenhuma o culto ancestral (egum) pode ser considerado um culto relacionado ao mal, pois não existe orixá sem ancestral, nossa religião não existe sem ele. Cultuar o ancestral deve ser sempre cultuar nosso passado, nossas memórias mais antigas.

Na data de celebração da ancestralidade todo o axé fica em respeito, pois todo o axé está de obrigação, a obrigação não é de um integrante, é uma obrigação de todos e para todos, pois a raiz religiosa é de todos que estão no axé.

Com a obrigação aos ancestrais inicia-se o ano religioso do axé, que ao encerrar um ciclo e coloca um novo ciclo em curso. E a cada novo ciclo novos são os desafios para todos.

Pai Ronie de Ogum e Pai Alexandre de Oya agradecem a todos do axé que estiveram na obrigação e deseja que o axé dos ancestrais esteja sempre ao lado de todos, possibilitando cada vez mais crescimento e saúde.

Fonte imagem: Disponível porhttp://cecabancestral.blogspot.com/2012/07/ancestralidade-africana.html