15 de Março, 2017

Juventudes, direitos e fé Mobilização inter-religiosa no RS

Por Pai Ronie de Ogum Adioko

Texto escrito por Pai Ronie de Ogum Adioko

Fotos: Fernanda Scherer

Em encontro inter-religioso realizado no dia 11 de março, na sede ESTEF – Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana, representantes de diversos credos religiosos reuniram-se em seminário com temáticas que possuem como objetivo principal desenvolver o diálogo inter-religioso e formas de reduzir a intolerância religiosa no Estado do Rio Grande do Sul.

Entre os diversos credos religiosos podemos destacar a presença da crença Espírita, Igreja Anglicana, Igreja Católica (representada pela rede Marista e Franciscana), Candomblé, Nação, Umbanda, jovens que não confessam nenhuma fé entre muitas outras lideranças religiosas, vale ressaltar a qualidade do debate e diálogo construído com a participação de todos, o que nos mostra que quando se busca um objetivo em comum sempre é possível conversar.

O Ilê Orixá esteve representado por Pai Ronie de Ogum Adioko, que acredita na “necessidade do diálogo inter-religioso como forma de melhorar as relações entre todos, é necessário conversar, entender o outro. Ninguém necessita ser convensido de qual credo seguir e também ninguém precisa mudar de crença. O objetivo de toda religião deve sempre ser o de fazer o bem, de ajudar a formar seres humanos melhores”.

Foram apresentados os painéis abaixo:

Desafios do Ecumenismo e do Diálogo inter-religioso: por Alexandre Magno da Gloria, Graduando em Engenharia Ambiental da Universidade Cidade de São Paulo. Iniciado para o Òrìṣà Ògún no Ilé Àṣẹ Marokétu Ògún e Ọ̀ṣọ́ọ̀sì, terreiro de candomblé de tradição Kétu. Entusiasta do dialogo inter religioso, atualmente, colabora com a Pastoral Universitária Ecumênica – PASUNE. É membro do Fórum Permanente de Religiões de Matriz Africana da Cidade de São Paulo vinculado a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, atuando na discussão e criação de políticas públicas para os adeptos destas tradições.

Juventudes, Direitos e fé: desafios da mobilização no RS, por Jonathan Félix que é mineiro. Membro do Comitê Estadual de Respeito à Diversidade Religiosa (CDR-MG). Fundador do Movimento Ecumênico jovem em Minas Gerais. Cristão Católico, atuou em diversas instâncias da Pastoral da Juventude e foi Guerreiro sem Armas em 2015. Atualmente, é editor chefe da Revista Senso na área das Ciências da Religião.

Justiça socioambiental –  Saneamento Básico no RS: por John Fernando de Farias Würdig, Graduado em Engenharia Ambiental e Sanitária no Centro Universitário La Salle – Canoas (2012) Pós graduado em Saneamento Ambiental pela Verbo Educacional (2014) Pós Graduado em Educação Profissional pela Centro Universitário Leonardo Da Vinci (2015) e Mestrado em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2016).

Empoderamento negro: por Selenir Corrêa Gonçalves Kronbauer, Graduação em Pedagogia pelo Centro Universitário Feevale Novo Hamburgo (1997), Especialização em Supervisão Escolar pela UFRJ, MBA em Gestão Educacional pela FACOS e mestrado em Teologia Religião e Educação pela Escola Superior de Teologia (2005). É professora assistente da Escola Superior de Teologia-EST, coordenadora do Grupo Identidade e organizadora do Periódico identidade!

Também foi apresentado o painel de Gênero: por Sabrina Senger e Jociely Ponath, que tratou da importância do respeito entre todos os gêneros, da intolerância que existe e formas de respeito.

Após a apresentação dos painéis foram realizadas oficinas organizadas de acordo com cada painel e uma agenda de atividades para o ano de 2017, que tem por objetivo fazer com que o povo gaúcho reflita e possa minimizar a falta de diálogo existente entre as mais diversas crenças religiosas, pois a base de toda religião deve ser de levar a paz, a harmonia e a alegria no coraçao de cada um.

O encontro foi encerrado com certeza de que esse é o caminho que todos devem seguir, respeitar, aprender com as diferenças e principalmente que o mais importante não é a fé que cada um confessa, mas o que cada um faz para viver em uma sociedade melhor.

O Ilê Orixá agradece a participação no evento, e em especial ao Frei Rômulo e a Gabriela Zanatta, que mediaram a participação e desta forma possibilitaram que a atividade ocorresse em pleno êxito.