Ogun ko ni je o si ewu lona wa
Com a proteção de Ogum não haverá nenhum perigo em nosso caminho.

O Orixá Ogum Adioko de Pai Ronie comemorou 10 anos de assentamento no último dia 09/09, sendo 4 anos dentro do Ilê Orixá. Nestes 10 anos foram muitos os desafios impostos, mas que de nada fizeram com que a fé fosse diminuída, bem pelo contrário, a cada novo passo, novos desafios, conquistas, dificuldades e muitas as vitórias.

Não existem palavras para descrever a mudança que Ogum possibilitou, e não existe como se pensar em futuro sem antes imaginar os próximos anos de Adioko, que juntamente com Oya Tofã de Pai Alexandre conduz o Ilê Orixá, mostrando o quanto é linda a religião dos Orixás.

O Orixá Ogum Adioko foi assentado no dia 6 de setembro de 2005, no Ilê Ase Oba Iná Sango Godo Aloxé, no distrituto de Morungava, pelas mãos do Babalorixá Sérgio de Xangô Godo Aloxé, que foi aprontado pelo Babalorixá Chiquinho de Oxalá Mococheu, de nação Oyo e Jeje, dando início a trajetória religiosa de Pai Ronie no culto africanista.

Ogum é considerado por muitos um Orixá violento, pois está ligado a guerra, mas a melhor representação de Ogum não é a guerra e sim a capacidade de transformar, é ele quem forja o ferro e muda o caminho da humanidade, possibilitando o desenvolvimento agrícola, a fabricação de armas e de todo o tipo de máquina. Graças a Ogum é que podemos utilizar metais para a construção de nossas casas, as ferramentas cirúrgicas e todos os demais utensílios que dependem do uso dos metais. Está ligado ao trabalho e a tecnologia e desta forma também é um Orixá de movimento, de abertura, de conquistas.

No detalhe da foto,  axé para Ogum, costela assada, pipoca, laranja e farofa com epô, sobre uma bigorna de aço, dentro do peji.

Agradeço a todos aqueles que fizeram parte desta caminhada, nos diversos momentos e etapas, e que desta forma auxiliaram na construção destes 10 anos. Que Ogum esteja sempre com sua espada cortando todos os males que estiverem a frente de cada um que busca a sua proteção.

Este ano a festa e sua homenagem será realizada ao longo o mês de outubro, já que é o ano em que ele e todo o restante do orumalé de pai Ronie desce da prateleira para comer.