Nos cultos afro dançamos em círculos, pois o círculo representa a união de forças em prol de um objetivo comum. Quando estamos na roda fechamos um círculo de energia que liga dois espaços paralelos, o orum e o aye.

Estes espaços existem simultaneamente, Orum é o espaço sagrado dos Orixás e o aye é onde nós estamos. A roda, espaço de ligação e culto aos Orixás deve ser respeitada, já que é um local sagrado para a manifestação dos Orixás.

Sempre que saímos ou entramos na roda devemos pedir agô, como forma de respeito ao divino.

Com isso, é fácil perceber o porque não poder deixar espaços vagos na roda, para a energia não sair e para energias ruins não entrarem.

A roda do dia 15 de dezembro, no Ilê Orixá, estava cheia de energia positiva, onde todos, buscavam um objetivo comum, cultuar a religião dos orixás com seriedade e respeito.

O respeito não é imposto pela força ou pelo medo, respeito se adquire pelo exemplo, pela verdade dos fatos, por ações corretas e adequadas a cada situação.

Seriedade é fazer o certo, não o que queremos, e sim o que os Orixás querem, ter seriedade é colocar a vontade dos Orixás acima da nossa vontade, de nossas vaidades.

Orixá é simples, e muitas vezes a força não está em um palácio e sim no coração dos humildes. Que toda a força e axé da roda do dia 15 de dezembro seja replicada no coração e na vida de cada pessoa que esteve presente na obrigação.